Moldar – Mostarda

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A sociedade de hoje cada vez mais segrega as coisas. A música -como reflexo de quem somos- sofre do mesmo ‘mal’. Se tem um efeito ‘X’ é rock, sem tem um tecladinho ‘Y’ é pop… Cada vez mais reféns de subgêneros, nos segregamos tanto que acabamos esquecendo que no final, tudo é música. Acorde, ritmos, sentimentos.

O primeiro disco da banda Moldar, lançado de forma independente, caminha entre as diversas melodias que o rock com pegada pop precisa, sem medo de ser feliz. Rasga abre o disco com um efeito em loop -e como o próprio nome sugere- rasga toda a delicadeza inicial, e entra de forma forte, ainda que seja uma música bastante sensível.  Suicídio a Céu Aberto é forte, cheia de energia e tem umas das letras mais bonitas do disco, falando sobre escolhas e paciência. ‘Cachoeira de Olhares’ é a terceira música do disco. Uma das mais radiofônicas, funcionaria muito bem como single!

‘Fim das Mágoas’e ‘Um Bom Caminho’ lembram muito a safra de bandas que surgiram no começo dos anos 2000. Ambas são pesadas –dentro da proposta da banda-, e se acalmam em refrões que explodiriam a cabeça dos jovens em 2008. ‘Sala de Estar Pt. 2’,’Abrigoe ‘Certas Coisas’ vem na sequencia, e mostram que a banda não brinca em serviço na hora de fazer baladas.

O ato final do disco fica por conta de ‘Sozinha’, que de modo calmo fala sobre solidão e relacionamentos modernos; ‘De Vagar’ que tem uma das melodias mais gostosas do disco, e ‘Sem Mais’,  que fecha o disco, de forma calma e forte.

Mostarda passa rápido, e é gostoso de ouvir. Por mais que flerte com distorções e guitarras pesadas, é um disco calmo, linear e sem muitas crescentes. Fiquei curioso pra ver como a banda se comporta ao vivo!

Aproveita e escuta o cd aqui:

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