Um artista que não entender que a base de tudo é o público, não conseguirá crescer e ter engajamento e realizações. Antigamente quando não tínhamos tanta facilidade de impulsionamento nas redes, o boca a boca era feito (embora muita gente usando o spam como ativo).
Acontece que com toda a evolução e a questão de números (que já acabou) ser mais relevante do que qualquer outra coisa, fez com que os artistas pensassem em mais quantidade do que na qualidade. Em contrapartida, artistas que pensaram na construção de base sólida, e a médio e longo prazo, conseguiram ter uma carreira mais sustentável e monetizar sua música e seus produtos.
Lembro que, em meados de 2011 a 2012, o cantor Ivo Mozart, me adicionou no facebook e começamos a conversa. Na época, a Geração Y tinha praticamente acabado de nascer, e fomos trocando bastante ideia. Ele fazia questão de responder e saber sobre coisas do meu dia-a-dia, mostrando que aquele contato valia a pena. Semana passada, estive em um evento em São Paulo, que ele estava e reforçou a questão de passar 12h a 14h online conversando com as pessoas e divulgando seu single “Mocinho de Cinema”.
Acredito que você que está lendo isso, pensou “que loucura, passar 12h na frente do pc conversando com as pessoas”, mas foi através disso que ele conseguiu lotar shows em que ele tocava, fez a galera consumir, compartilhar e fidelizar. De lá pra cá muitas coisas rolaram, teve um single que conquistou nível nacional, e hoje é compositor de grandes músicas que grandes cantores interpretam, de diversos gêneros.
Se você não entender que a caminhada é para construir uma relação, você não conseguirá impactar as pessoas e criar CONEXÃO. E quando você entende como sua música pode conectar, é onde a graça acontece.
Internamente começamos a criar grupos de whatsapp para as pessoas que acompanham nossos clientes, é uma forma de ter as pessoas mais próximas, num canal de comum acesso a todos. Aplicamos isso para bandas que já tem uma grande relevância, e bandas que estão começando ou já tem alguns projetos lançados. A base principal foi não pensar em números, queríamos que as pessoas estivessem ali porque gostariam de estar, e claro, colocamos uma contra partida pra isso: CONTEÚDO EXCLUSIVO. E quando digo é exclusivo mesmo, pensamos e produzimos coisas que possam aquecer as pessoas e tornar o alcance de lançamentos e conteúdos maior ainda.
Faço questão de estar em todos os grupos pra entender como cada público reage, pensa e tudo mais. Não é fácil, mas é necessário. É preciso entender DE FATO, seu público pra propor coisas legais e que conectem sabe?
A ideia principal, é criar “regras” pra não tornar um grupo de spam ou coisas do tipo, pode ter os membros da banda (pelo menos 1 é ideal) e fazer a parada acontecer. Mas é importante lidar e saber tratar tudo da melhor maneira e com coisas exclusivas. Exemplo, é o grupo de fãs “Zimbrados” da Banda Zimbra. No grupo, temos pessoas de todo o país (que fisicamente não se conhecem) e que tem algo em comum: gostam muito da banda. Por lá disponibilizamos conteúdos exclusivos, eles são os primeiros a acessar os lançamentos, antes de cair nas redes, e nos ajudam a multiplicar a mensagem quando ocorre o lançamento. Muitas conexões foram criadas a partir do grupo, a troca de experiências é incrível, e isso engrandece demais todas as ações da banda. Estar perto dos fãs, te mostrará quais conteúdos fazem sentido, e no que apostar.
Que tal você apostar nesse formato e começar a divulgar seu grupo? Não precisa colocar link pra geral ver, faz vídeo ou imagem divulgando e pede pra quem tiver interesse mandar um inbox ou comentar, e ai faz o relacionamento próximo pra começar a construir essa relação.
Caso você já faz ou vai começar, comenta aqui dizendo como foi sua experiência? Em breve traremos uma entrevista com o Fã Club oficial da ANAVITÓRIA pra vocês entenderem um pouco da visão do FÃ.