O que aprendi com a Supercombo
Sou fã da Supercombo há pelo menos 6 anos e de lá pra cá tenho absorvido muita coisa deles não só como fã mas como alguém que trabalha na área da música e de marketing musical. Então desmembrei aqui em 5 pontos as coisas que acho mais legais sobre a carreira deles e que você pode ter como insight pro seu projeto musical.
A ideia desse post é compartilhar o lado estratégico, sobre as ações e como agregar isso pro seu projeto musical. O objetivo disso é que você também comece a desmembrar as ações pra entender o pensamento dos artistas, criar oportunidades dentro do projeto musical e segmento.
Um ponto interessante é que mesmo com a mudança de integrantes, percebe-se muito fácil que todos estão muito bem alinhados no propósito e conceito da banda. Isso faz toda a diferença pra que todas as outras ações sejam efetivas e com sucesso.
Então se liga e toma nota porque tem bastante informação incrível aqui:
Fizeram o que queriam e arriscaram: A banda construiu a base de fãs de onde são e vieram pra sampa atrás de novas oportunidades. Entenderam o que queriam e foram onde tinham mais oportunidade pra fazer acontecer. Hoje em dia é muito difícil ver artistas, músicos num geral arriscando algumas coisas a favor do seu projeto musical. Às vezes tenho pra mim que ficam sempre esperando uma oportunidade cair do céu ou ter certeza absoluta que aquilo vai dar certo pra poder investir ou fazer algo. E é exatamente nesse ponto que eu começo a separar quem tem banda por hobby e quem tem banda pra ser como sua empresa e viver disso realmente.
Se aproximaram do público: Todos são muito ativos com suas redes sociais e todos conversam com os fãs, entendem, trocam experiências. Possuem grupos onde os fãs conversam e falam sobre a banda, além deles produzirem conteúdo por la. Ou seja, estimulam os fãs criando conexões que são duradouras.
Criaram oportunidades: Piloto automático foi planejado e divulgado com maestria, desde a produção do clipe como a divulgação com posts patrocinados (principalmente no youtube), tenho certeza que foi o divisor de águas, além de participar do superstar para mostrar o seu som e a proposta musical que fazem. Um ponto legal sobre a participação no superstar é que você claramente percebia que a banda estava muito bem estruturada pra conseguir levar esse momento da carreira com a repercussão que teve, afinal, aparecer na Globo em um domingo horário nobre é com certeza algo com muita visibilidade. Ou seja, não adianta só correr atrás da oportunidade mas se preparar pra quando ela acontecer você conseguir segurar a onda. Eles trabalham com publicidade e fazem ativações com marcas, atrelaram o que sabem fazer como pessoas (nas profissões além de músico) e trouxeram isso pra dentro do projeto musical como banda. Além de contratar uma assessoria de imprensa que tinha os contatos e sabia como ativar esse momento da banda pra chegar nas massas. Ai fica o questionamento “Como minha vida profissional fora a música pode agregar na minha vida musical?”.
Souberam usar ferramentas para distribuir conteúdo: Utilizaram ferramentas tanto online como off-line. As redes sociais deles possuem conteúdos bem estratégicos e recorrentes, o youtube é uma tv com diversos assuntos e é um ótimo canal pra ter como referência de produção de conteúdo por lá. No Spotify tem playlists bem legais com identidade visual incrível, ou seja, sempre estão pensando em conteúdo que faça sentido e que conecte com as pessoas, e conecta bastante!
Session da tarde: Esse projeto pra mim é um dos mais incríveis que eles fizeram até aqui porque conseguiram reunir quatro pontos essenciais, e vou explicar um pouco pra você. O projeto visa ter sessions acústicas em que convidam outros artistas e revisitam todas as músicas já lançadas desde o início da carreira. Um projeto totalmente feito com collabs tanto com artistas já do mainstream como com artistas que estão em ascensão. Já estão divulgando a segunda temporada e é algo bem legal. Quero destacar pontos sobre esse projeto:
Revisitaram músicas: sua música velha é sempre nova pra alguém. Sempre achamos que os conteúdos ficam velhos e que não farão sentido pra outras pessoas. Uma vez que um novo fã todo dia conhece sua banda, pra eles esse material será novo. Já parou pra pensar nisso? Então resolveram repaginar TODAS AS MÚSICAS JÁ LANÇADAS e trabalhar de forma acústica.
Collabs: Uniram artistas de diversos nichos e tamanhos (em relação a carreira), fazendo com que um novo público seja agregado através do convidado e vice-versa.
Construção de público: Ao mesmo tempo que eles convidam uma banda para chegar até esse público, eles também compartilham o público que já os seguem. Quer coisa mais rica nessa parceria do que isso?
Conteúdo recorrente: Entenderam uma forma de ter conteúdo semanal e por temporadas (detalhe que produziram muitos vídeos antes de lançar, ou seja, tiveram um planejamento para deixar tudo bem redondinho e depois pensar na estratégia de lançamento).
Você já tinha reparado em todos esses pontos em relação a esse projeto e a banda? Fica aqui o meu convite pra você tentar pensar e desmembrar os lançamentos de artistas que você tem como referência pra entender a estratégia e pegar insights pra absorver pro seu projeto musical.
Para fazer isso basta tentar entender: Por que esse projeto foi criado? Quais foram os conteúdos pensados para divulgação? Que tipos de parcerias foram possíveis? Como isso agregou no projeto musical?
Bem, vou deixar aqui o link da segunda temporada da Session da Tarde. Comenta aqui o que achou e compartilha com seus amigos =)
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